sábado, 14 de abril de 2012

Discorra sobre o Mito, o que ele significa e representa no âmbito da Cultura Ocidental. Após feita esta reflexão pesquise e faça a narrativa de um Mito.

          
            O Mito surgiu na cultura ocidental como a primeira forma de explicar a realidade natural ou social.
            Na Grécia antiga cultivava-se a tradição oral e o mito nasce dessa oralidade da cultura popular, esse discurso era destinado a um público ouvinte, que o tratava como verdade absoluta por acreditar de forma radical em quem estava narrando.
            O mito além de procurar uma explicação para a realidade , tinha como objetivo amenizar os temores do homem frente o mundo em que vivia. Ele descreve a relação do homem com os deuses de forma poética e metafórica. Expressando por meio de seu poder crativo como as coisas passaram a existir e teve como finalidade representar , por meio de uma linguagem simbólica, a realidade do mundo humano.
            Diferente da Filosofia que se baseia em sistemas e conceitos, o mito é marcado por um forte simbolismo, por uma forma de expressão até mesmo literária, sem nenhum caráter lógico e racional.


                                                                 PROMETEU


            Há várias versões sobre o mito de Prometeu, herói da mitologia grega. Seu nome, no idioma grego, significa premeditação.
            Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de Deucalião. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ele também se atribui o furto do fogo divino, com o qual presenteou a humanidade.
            Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do homem, sua criação. De acordo com algumas histórias ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.
            Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.
            O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.
            É quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos.
            O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até que o herói Hércules o libertou, substituindo-o no cativeiro pelo centauro Quíron, igualmente imortal.
            Zeus havia determinado que só a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade. Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura, ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim, substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer serenamente.


Referência:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação

7 comentários:

  1. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Andrei,

      Os mitos são textos criados pelo homem como recurso para a manutenção de sua sobrevivência física e psíquica.

      Excluir
    2. Helena,

      O mito, como você pontuou, é uma forma de explicar a realidade, pois ele narra a origem do mundo e de tudo o que nele existe.Expressando a forma de viver e pensar de determinado grupo social,em uma determinada sociedade.

      Excluir
  2. Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    3. O mito é uma forma de narrativa que não explica racionalmente a origem das coisas e a realidade, pois utiliza lendas e histórias sagradas para interpretá-las. É tido como verdade por causa da pessoa que a relata, um poeta escolhido pelos deuses, que lhe dirige a partir de visões sobre o passado que permite que a origem das coisas seja desvendada.
      Após algum tempo, as pessoas passaram a questionar a veracidade dos mitos contados pelos poetas, pois conseguiram perceber que as explicações dadas sobre a origem de todas as coisas eram contraditórias e limitadas. Para a percepção das contradições e limites, contaram com algumas condições:

      Excluir